sexta-feira, 15 de abril de 2022

Mendoza Bodegueando

Tudo o que eu li sobre Mendoza antes de ir foi no blog Viaje na Viagem, de Roberto Freire. O post sobre Mendoza tem absolutamente TUDO o que você precisa saber sobre as vinícolas e os demais passeios. 

Há três regiões de vinhos, cada uma delas con muitas vinícolas (ou bodegas, en español): Valle del Uco, Lujan del Cuyo e Maipu. O blog também explica sobre as três formas de chegar lá: de ônibus, com uma agência ou contratando um remis, um tipo de carro “fretado” em que você paga um valor fixo para ele te levar onde quiser. A desvantagem dessa opção é que você tem que fazer as reservas diretamente nas bodegas que quiser visitar. 

Outra dica do blog é não ir de táxi nem alugar carro para ir nas bodegas. O primeiro, porque provavelmente vai custar mais caro que o remis, os táxis são bem velhos e nem sempre são seguros (o único que peguei lá nem tinha cinto de segurança no banco de trás). Quanto a alugar um carro, nem consigo imaginar ter que dirigir depois de degustar tantos vinhos por dia! Também vimos vários passeios de bicicleta para as bodegas mas, da mesma forma, achamos prudente não dirigir nenhum tipo de veículo depois do vinho, mesmo não sendo motorizado. Sendo assim, seguimos sua sugestão e experimentamos as duas primeiras alternativas. 


Day 1

No primeiro dia, fomos ao Valle del Uco com o Bus Vitivinicola, que é a opção mais barata para chegar nas vinícolas, no esquema Hop On Hop Off “Bodegueando”. Tem aquela parte chata de ter que passar por vários hotéis para buscar as pessoas, mas de modo geral é bastante pontual e organizado. Você reserva o ônibus pelo site e paga as bodegas diretamente lá, de acordo com a opção que escolher. A vantagem é que você tem lugar garantido e não precisa fazer a reserva nas vinícolas. 

Neste dia, conhecemos a Andeluna, a Domaine Bousquet e a famosa Salentein. Todas são lindas, cada uma com um estilo diferente.

A Andeluna não estava permitindo visita quando fomos, portanto só fizemos a degustação, ao lado dos vinhedos e com uma incrível vista para a cordilheira dos Andes. 

Andeluna

O almoço foi na Domaine Bousquet, uma sequência deliciosa de 4 pratos (couvert, entrada, prato principal e sobremesa), incluindo a degustação de 3 vinhos. Foi praticamente uma orgia gastronômica e etílica! Saímos de lá literalmente empanturrados de tanto comer e beber.

Domaine Bousquet

Já na Salentein, fizemos a visita com degustação, servida em um anfiteatro com pé direito alto e muitos barris de vinho no entorno. Quem souber tocar, pode dar uma palhinha no piano de cauda que tem lá embaixo, e eles prometem que a acústica é privilegiada. 

Salentein

Day 2

No segundo dia, fomos para Luján de Cuyo com a agência de turismo Kahuak. É uma agência bem grande de Mendoza que, além dos tours de vinhos, também possui diversos outros passeios. Gostei bastante do atendimento via whatsapp antes da viagem e também dos passeios e guias. 

Neste dia, visitamos e degustamos as bodegas Norton e Chandon.

A Norton é imensa! Eles fabricam 40MM de litros de vinho por ano (depois ficamos fazendo as contas para ver quantas garrafas dava por dia). O tour foi o mais interessante de todos, e a degustação acontece em várias salas diferentes durante o tour. Bem legal ver a diferença de uma vinícola maior para uma menor. Aprendi muito sobre o processo de fabricação do vinho nessa visita. 

Norton

A Chandon também tem um jardim maravilhoso, e fizemos a visita com degustação de 3 espumantes. Achei interessante ver a diferença entre o processo de fabricação do vinho e do espumante. 

Chandon

Day 3

Neste dia, visitamos a região de Maipu com a agência Outoor Frontier Tours. Eles são bem menores que a Kahuak e mais especializados em turismo de montanha, mas também oferecem a opção de passeios pelas bodegas. 

As escolhidas do dia foram a vinícola Trapiche, a olivícola Laur e a chiquérrima El Enemigo.    

Trapiche

A Trapiche é maravilhosa... super tradicional, com uma visita bem interessante em um prédio super histórico. O jardim é maravilhoso, com patos, cabras e até uma llama passeando por ali. Mas a visita costuma demorar bem mais que o previsto, e tivemos que sair correndo antes de terminar a degustação para chegar no horário do próximo agendamento, a olivícola Laur.

Degustação de azeites e balsâmicos na Laur

Simplesmente adoramos esta visita! Além de degustar os azeites, azeitonas e vinagres balsâmicos produzidos por eles, foi a única degustação que tinha também um aperitivo com pães e queijos, e vinho. Foi super diferente aprender sobre estes processos, passear pelas oliveiras e visitar o museu. Ao final, compramos muita coisa, inclusive sabonetes e cremes de uvas e olivas que eles vendem. 

Depois desse aperitivo ainda fomos para o almoço na Casa Vigil, o restaurante da bodega El EnemigoNão há visita nesta vinícola, mas o ambiente compensa... com muitos lugares para caminhar e tirar fotos. A comida é deliciosa e digna de várias estrelas Michelin. Os vinhos que a acompanham são espetaculares, e os garçons super atenciosos.   

Casa Vigil

Não consigo escolher uma vinícola de que gostei mais, todas são lindas e diferentes entre si. Eu diria que, das que eu fui, as imperdíveis são Salentein, Trapiche e Norton. E a olivícola Laur, que é uma experiência diferente das vinícolas. A Catena Zapata e La Azul também são super famosas. 

Na minha opinião, a melhor forma é conhecer duas vinícolas da mesma região por dia, uma de manhã e uma à tarde. Assim não ficamos naquela correria, com a sensação de que queríamos ter passado mais tempo lá. 

E, depois de tanto comer e beber em Mendoza, chegou a hora de caminhar um pouco nas montanhas para gastar as calorias! Vejam o post Mendoza além das vinícolas para saber mais sobre os passeios que fiz por lá!

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