quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Let’s vamos pra Chapada Diamantina

Para mim, uma viagem não acontece somente no momento em que você vai para outro lugar. Ela começa antes do embarque, durante o planejamento da data, do roteiro e das atrações que eu irei visitar; passa pelos preparativos, a compra de itens que irei utilizar e a arrumação da mala; e vai até depois do retorno, quando seleciono minhas melhores fotos para imprimir ou fazer um fotolivro, publico aos amigos e escrevo no meu blog. 😀

Mas dessa vez, minha viagem à Chapada da Diamantina começou apenas quando pisei na Bahia e saí andando atrás de um guia. Antes disso, o planejamento se resumiu em ligar na agência Venturas (www.venturas.com.br), que escolhi por ser considerada a melhor agência de Turismo de Aventura pela Revista Viagem & Turismo, comprar o pacote no mesmo dia e emitir o trecho São Paulo – Salvador com milhas. Quanto aos preparativos, também diferentemente das viagens anteriores, só fui arrumar minha mala um dia antes do embarque, ainda assim usando a “colinha” que a agência tinha mandado com as dicas do que levar.



Minha meta principal nessas férias, de descansar a cabeça e cansar as pernas foi 200% atingida! E acredito que nesse destino, a melhor escolha é contratar um pacote, pois praticamente todos os passeios precisam de guia e carro pra se locomover, e caso você não tenha muito tempo, vai acabar não aproveitando da melhor forma se contratar os passeios individualmente quando chegar lá. Além disso, como viajei sozinha, o pacote em grupo teve um objetivo adicional de conhecer gente nova, o que não é muito difícil para uma tagarela como eu. Para quem quiser conhecer a Chapada antes da viagem, confiram em www.guiachapadadiamantina.com.br (download em iPad e Android).

O roteiro da “Volta ao Parque” é o mais indicado para quem nunca foi à Chapada. Ele alterna caminhadas com deslocamentos de carro, e as noites são passadas em 3 pousadas de cidades distintas: Lençóis, Vale do Capão e Xique-Xique de Igatu, também conhecida como Igachu-Pichu (nunca consegui entender a semelhança). Portanto, não é necessário acampar, o que pra mim é uma necessidade. 


Como chegar...


Para chegar na Chapada, você deve pegar um voo da Azul de Salvador a Lençóis, a cidade “Portal da Chapada” como eles costumam dizer. Há apenas 3 voos por semana para lá, às terças, quintas e domingos, e o aeroporto é bem primitivo. As malas são carregadas no braço até o salão e entregues pessoalmente aos que se identificam como donos. Esteira baiana, disse o guia, ao me receber depois da minha mala ser a última a chegar.


Onde ficar e comer...


Escolhi a Pousada Canto no Bosque (www.pousada-lencois.com.br), que apresentava a melhor relação custo-benefício. A princípio estranhei a localização, situada a 15 minutos dos principais restaurantes e lojinhas da cidade, numa caminhada sob forte poeira durante o percurso. Mas a equipe da pousada está sempre disposta a nos dar uma carona de carro até o centro, o que desqualifica o único ponto negativo da pousada. O café da manhã é servido no meio do bosque ao som do canto dos passarinhos e o atendimento faz você se sentir em casa.

Lençóis possui excelentes restaurantes, como o Cozinha Aberta, especializado em comida asiática; e os parceiros Lampião e Maria Bonita, dois restaurantes do mesmo dono em que ele é especializado em comida baiana e ela em comida italiana (a bruschetta de figo com queijo é de dar água na boca!). Além disso, depois de cada jantar, a sobremesa é garantida no Pavê e Comê da Dona Sonia, que prepara deliciosos sorvetes de vários andares com calda de chocolate.

Já as demais cidades são bem menores, mas nem chegamos a conhecer os restaurantes, já que o jantar na pousada estava incluído no pacote. Igatu possui apenas 374 habitantes, segundo o censo do Senhor Amarildo, um cidadão ilustre que escreve a mão todos os acontecimentos da cidade e vende seus livrinhos por R$ 20. A placa de “Entre aqui e compre alguma coisa” pendurada na porta já diz tudo. 

Ficamos na Pousada Pedras de Igatu (pedrasdeigatu.blogspot.com.br), simples e confortável. Já no Vale do Capão, ficamos na pousada mais charmosa de todo o passeio, a Pousada do Capão (www.pousadadocapao.com.br). A cama era deliciosa e as noites frias eram embaladas em uma deliciosa fogueira.

Os passeios

Os primeiros passeios não me emocionaram muito. No primeiro dia conhecemos o centro de Lençóis, que é bem bonitinho com suas casas coloridas, e o Serrano, uma cachoeira bem sem-graça e sem-água que só serviu apenas para fazermos um aquecimento para o que viria pela frente. 



No segundo dia, fomos para a Serra das Paridas, um sitio arqueológico que recebeu esse nome pelos desenhos nas paredes relatarem mulheres e parideiras, no momento crucial. Como sou daquelas pessoas 100% lógicas e sem muita imaginação para artes, não consegui enxergar nada mais que uma perereca onde os arqueólogos viram uma parideira... Sendo assim, gostei bem mais da vista que tínhamos de cima das rochas do que das pinturas. Saindo de lá, conhecemos a Cachoeira do Mosquito, que é bem bonitinha, mas devido à seca recente não tinha tanta abundância de água.

Só mesmo quando fomos para o Morro do Pai Inácio, um dos cartões postais da Chapada, é que comecei a curtir a viagem. A subida é íngreme, e a vista espetacular. Mas a cerejinha do bolo foi ouvir a Lenda do Pai Inácio, contada maravilhosamente bem pelo nosso guia, durante o pôr do sol. Vale a pena sentar e relaxar um tempinho por lá para apreciar a paisagem! 



Aliás, nosso guia Tiago é a melhor personificação de um baiano: moreno, sarado e divertido. Contador de histórias como ele só, nunca sabíamos onde terminava a verdade e começava sua imaginação. Seus gritos de “Vambora geeeente” e “Let’s vamos?” ao final de cada paradinha para o descanso ficaram na minha mente por alguns dias depois do final da viagem.

O dia seguinte teve muitos quilômetros rodados de Toyota pelas estradas de terra, e pouca caminhada. Conhecemos a Caverna Torrinha, impressionante com seus 14 km abaixo da terra; a Gruta Azul (nada imperdível); o Pratinha, um rio que possui tirolesa, snorkel e banho, embora não tenhamos aproveitado nada disso, pois o guia nos advertiu que a água está contaminada pelos banheiros do local (eca!); e o Poço do Diabo, uma cachoeira deliciosa (e gelada, claro!) que fez muito bem o seu papel de nos refrescar no final do dia.

Mas os melhores passeios ainda estavam por vir... O quarto e quinto dia contaram com caminhadas longas, vistas sensacionais, paisagens de tirar o fôlego, subidas e descidas intermináveis e alturas que davam tontura até em quem não tinha medo. A trilha da Cachoeira da Fumaça, com 12 km (ida e volta), ao contrário do que eu imaginava, não impressiona tanto pela cachoeira em si, que se dissipa no meio dos 380m de altura virando fumaça. O que vale a pena mesmo é deitar de bruços naquela pranchinha de rocha, inclinada para o precipício, e admirar a vista lá das alturas. Como diria uma integrante do grupo, dava vontade de se jogar e sair voando de tão lindo!



Já a trilha Capão-Guiné possui 20 km de extensão, que percorremos tranquilamente em 9 horas, parando várias vezes para descansar, tirar fotos, relaxar e comer nosso lanche-trilha (composto de 2 sanduíches, 2 bolos, suco, fruta, chocolate e até um ovo cozido!). Nessa trilha, o maior atrativo são as paisagens, com destaque para o Vale do Pati. Nesse momento, acredito que a endorfina liberada pela caminhada nos faz apreciar ainda mais essa vista. As flores do cerrado, sempre minúsculas e coloridas, nos faz imaginar como é possível nascer uma orquídea no meio de uma pedra, com um tempo seco desses... e até o mato, iluminado pelo sol, nos proporciona uma linda visão de um campo dourado. A descida do final da trilha é emocionante, quando avistamos o carro que nos espera ao por do sol e percebemos que conseguimos completar todo o percurso!



Foi no penúltimo dia que conhecemos o lugar mais surreal, eleito por todos do grupo o melhor passeio da semana: a Cachoeira do Buracão. A princípio imaginávamos que encontraríamos apenas uma cachoeira dentro de um buraco, mais ou menos bonita que as anteriores. Mas o lugar não é apenas uma cachoeira... é um cânion, onde você vai nadando por um corredor e de repente encontra um salão enorme com uma cachoeira no final. Pra nadar até a cachoeira é preciso um pouco de fôlego, pois a água é tão forte que forma uma correnteza no sentido contrário. Como o nível de água estava baixo, também foi possível lagartear pelas pedras do cânion, e algumas pessoas também se aventuraram a voltar pelas pedras ao invés da água. Um lugar único e realmente impressionante!



Menos mal que este passeio foi um dos últimos, pois depois dele nada mais parecia ter graça. No último dia visitamos o Poço Encantado e o Poço Azul, que apesar de suas águas com azul cintilante, já não impressionavam tanto. Ainda bem que pudemos entrar na água no Poço Azul, proporcionando uma experiência diferente e que vale a pena.



O saldo no final da viagem foi de 4800 km de avião, 600 km de carro, 60 km de caminhada e aproximadamente 600 fotos... mas minha maior conquista, de perder meu medo de altura, esta realmente não tem preço.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Noronha, um pedaço do Paraíso...


Sei que essa frase ficou meio clichê, mas não consegui definir Fernando de Noronha de outra forma. O lugar por si só já vale a pena: praias lindas e limpas, natureza quase intacta, fauna particular, pessoas extremamente simpáticas e receptivas... mas no meu caso, a companhia foi a cerejinha do bolo, mais que especial! Viajei com a “turma do mergulho”, dois casais e mais dois solteiros como eu!

Ficamos 4 dias na ilha, e nesse período dá tempo de conhecer as principais atrações. Mas eu diria que uma semaninha por lá não seria de todo mal... Noronha é daqueles lugares que vc volta da viagem já querendo ir pra lá de novo!

Para chegar, os voos saem de Recife ou Natal, pela Gol ou Trip. A melhor forma de chegar na ilha saindo de São Paulo é com o voo da Gol, fazendo escala em Recife. Dá pra usar as milhas do Smiles até lá e, em baixa temporada, sai por 6.000 milhas! Pra quem consegue se planejar e pegar férias fora da alta estação essa é a melhor opção. Eu já não tive muita sorte, e como fui no feriado, já não havia mais muitos voos disponíveis. Fui de Tam até Recife e tive que dormir uma noite lá para só no dia seguinte pegar o voo da Trip até Noronha.



Se você for com pacote, o traslado do aeroporto à pousada faz uma parada no escritório do receptivo (no meu caso, o Atalaia), que é praticamente uma lavagem cerebral. Você assiste a um vídeo e sai de lá com todos os pacotes comprados: Ilhatour, Aquasub, Navi, Caminhada Histórica... Pra quem não tem muita experiência em viagem ou viaja sozinho, recomendo esses passeios, mas confesso que sempre prefiro fazer os passeios por conta própria, assim a gente conhece melhor os lugares, decide o que quer fazer, quanto tempo ficar, e o melhor de tudo, consegue planejar a viagem!

Quando comprei o pacote, me atualizei de todos os nomes dos passeios, pois apesar de estar indo com a excursão da escola de mergulho, não conhecia o grupo, e achei que cada um fosse fazer o seu próprio roteiro. Mas minha surpresa já começou quando chegamos no aeroporto e decidimos alugar 2 buggies para podermos andar pela ilha. Assim, acabamos ficando o tempo todo juntos. Apesar dos buggies serem bem velhinhos (alguns até sem freio!), é a melhor opção se você não quiser depender dos passeios, pois a ilha é grande e o transporte público é insuficiente. O mais difícil foi encontrar os 2 carros, por isso se você conseguir reservar antes de chegar lá poderá poupar esse tempo e conseguir um desconto. Pagamos R$ 120 a diária no feriado de 15 a 20 de novembro, mas no Ano Novo os preços podem chegar a R$ 500 a diária.

A ilha só tem um posto de gasolina, que custa bem caro: R$ 3,90 o litro! Mas mesmo andando por toda a ilha por 4 dias, não gastamos mais que R$ 40 por carro, o que compensa muito. Você vai ouvir de todos os guias de turismo que Noronha possui a segunda menor BR do Brasil, a BR-363, que corta a ilha desde o Porto até a praia de Sueste. Durante o caminho, você terá sempre presente o Morro do Pico, às vezes à esquerda, outras à direita, o que, somado ao fato de que o morro tem formas diferentes a cada ângulo que você olha, parece que são vários morros, mas garanto que é sempre o mesmo!!!



As pousadas de Noronha são bem simples e rústicas. Mas eu sinceramente adorei a Pousada Recanto (www.pousadarecanto.com.br), onde fiquei, bem localizada na Vila dos Remédios, com serviço atencioso e um bom café da manhã. Fiquei sozinha em um quarto com ar condicionado, chuveiro quente (praticamente desnecessário), frigobar, cômoda e TV. A diária, se contratada diretamente na pousada, custa em média R$ 160 para uma pessoa e R$ 260 para duas pessoas. Além disso, inclui também o serviço de transfer do aeroporto. Pra quem quer glamour, as melhores pousadas são a Pousada Zé Maria (www.pousadazemaria.com.br), que ganhou diversas vezes o prêmio de melhor pousada do Brasil pela Revista Viagem) e a Pousada Maravilha (www.pousadamaravilha.com.br), que vale a pena visitar somente para sonhar em se hospedar lá um dia.

Voltando aos passeios, o único pelo qual me interessei foi a Trilha do Atalaia, que vai até a praia do Atalaia. Essa praia pode receber no máximo 100 pessoas por dia, e não é permitido uso de protetor solar, para manter a preservação da água. O passeio completo dura 5 horas, e só é possível chegar lá com guia. Mas quando cheguei em Noronha, todos os passeios já estavam lotados até o dia da minha saída. Mais um motivo pra voltar pra lá.

Dos demais passeios, acho que os que mais compensam são o Ilhatour (se você não conseguir alugar um buggy), o passeio de barco na Baía dos Golfinhos (pois é praticamente garantido que você verá centenas de golfinhos) e o passeio na Baía de Sueste, que custa R$ 40 e dá direito a guia, colete e 100% de garantia de ver as tartarugas ou seu dinheiro de volta. Eu, como era noronhense de primeira viagem, apenas aluguei o colete e nadei incessantemente por 1 hora sem ver nenhum vestígio de tartaruga. Acho que agora já tenho motivos suficientes para voltar pra lá pelo menos mais umas duas vezes...

Mas vamos falar dos passeios que fiz. Foram dois mergulhos, os primeiros que fiz depois do meu check-out. No primeiro dia, fomos ao mar de fora, como chamamos o lado da ilha que dá para o oceano Atlântico, ou pra África. No segundo mergulho, como o mar estava bastante agitado, tivemos que ficar no mar de dentro, aquele que está virado para o continente, ou seja, para o Brasil. A água do mar de fora era verde, do mar de dentro, azul. Eu ainda estava bastante desengonçada com o meu equipamento, e nem sempre eu ia para onde queria ir. Mas no segundo dia, fui melhorando aos poucos, e com certeza peguei o gostinho pelo mergulho! Vi raias, tartarugas, tubarões, moreias, cardumes de peixes coloridos, peixes cofrinho e sargentinho... Entrei em uma mini-caverna e me achei o máximo por ter conseguido. Fui induzida a olhar um tubarão cara-a-cara dentro de um buraco e morri de medo. Mergulhar em Noronha é com certeza o melhor mergulho do Brasil.



No restante dos dias, caminhamos pelas praias do Cachorro, do Meio e da Conceição. Fizemos a trilha que vai da Baía dos Golfinhos até o Morro Dois Irmãos, passando pelos mirantes da Baía dos Porcos e da Praia do Sancho. Essa trilha é espetacular, totalmente sinalizada e feita de madeira sustentável. Vale a pena dar uma parada na Praia do Sancho no caminho, indiscutivelmente a praia mais bonita do Brasil. Para chegar lá, é preciso descer por uma escada de bombeiro, por dentro de uma fenda na pedra. Superei meu medo de altura e não me arrependi. Chegando lá, tive que ter um pouquinho mais de coragem pra entrar na água e conseguir passar as ondas enormes que estavam se formando até chegar no meio do mar, sem ondas e com a água mais macia que eu já mergulhei. Parece que você está mergulhando em uma piscina de água mineral... compensou todo o medo que passei antes!


Fomos nas praias de Sueste, o reduto das tartarugas, com água azul de morrer. Na Cacimba do Padre, habitat natural dos surfistas. Mas não conseguimos nem entrar na água, pois as ondas estavam realmente assustadoras. E na Praia do Leão, com uma ilha em frente com formato de leão-marinho. Chegamos às 8h da manhã, já com o sol a pino, e tivemos que esperar abrirem a porteira da estradinha que chega na praia. Quando conseguimos entrar, tínhamos a praia só pra nós. Mais um momento Mastercard.



Durante os passeios, você terá sempre a presença dos ilustres habitantes da ilha: o Mambuya, uma espécie de lagarto pequenininho, que irá comer o seu lanche se você der bobeira e deixar sua mochila aberta; e o Mocó, um roedor que a princípio parece uma ratazana, mas que depois de tanto encontrar com eles pelas trilhas, você se acostuma e já acha até bonitinho.

Você vai ouvir falar de muitos lugares para ver o por do sol em Noronha, sempre nas praias do mar de dentro. Cada um tem a sua preferência, nas Praias da Conceição, Cacimba do Padre ou no mirante do Forte de São Pedro. Nós escolhemos o Mirante do Boldró, e pudemos apreciar um espetáculo da natureza, com o sol se pondo entre os Morros 2 Irmãos. Visitamos também o Museu do Tubarão, super interessante e com uma lojinha bem legal, o único lugar onde se pode ter algum tipo de consumismo em Noronha.



Para sair à noite, a melhor balada é o Bar do Cachorro, que na entrada promete forró, restaurante e gente bonita. Lá, os nativos se misturam com turistas e gente famosa que aparece na ilha. A ideia é dançar com todos, sem preconceitos! Os locais são sempre os que sabem dançar melhor. Outro lugar legal pra ir à noite é na pizzaria ao lado da Igreja Nossa Senhora dos Remédios, que também rola o “Samba depois da missa”, com som de ótima qualidade.

Para comer, o melhor restaurante que fui é o Xica da Silva, sempre recomendado em todos os guias. Fui também em um outro restaurante Du Mar, que fica ao lado do Projeto Tamar, onde comi uma moqueca de peixe deliciosa. E na frente dele, também comemos a melhor salada de camarão da minha vida em um restaurante simples e saudável, com atendimento especializado para moças bonitas e solteiras! E lembre-se sempre de levar água e lanche nas trilhas, pois a maioria delas não tem infra e você irá precisar de energia para aguentar a caminhada.

Outra dica importante é pagar a taxa de preservação pela Internet antes da viagem, para evitar as filas na saída do aeroporto (www.noronha.pe.gov.br). O valor fica em torno de R$ 50 por dia, e em uma viagem de 5 a 7 dias você gastará em torno de R$ 250. Além dessa taxa, Noronha cobra também desde 2012 uma nova taxa para entrada no Parque Nacional, no valor de R$ 65 para brasileiros, ou R$ 130 para estrangeiros. Você paga essa taxa diretamente na ilha (por exemplo, no Parque dos Flamboyants) e ganha uma carteirinha que deverá ser apresentada a cada entrada nas praias que fazem parte do parque. Mais informações no site: www.viajenaviagem.com/2012/11/noronha-para-onde-vai-a-nova-taxa.

Com todas essas taxas e preços da passagem de avião, gasolina, restaurantes e pousadas, Fernando de Noronha não é um lugar barato pra se visitar. Mas também pudera, a ilha está localizada a mais de 500 km do continente brasileiro, e só de pensar na logística para levar tudo pra lá, já dá pra entender algumas cifras. Vimos, por exemplo, um passageiro do nosso voo levando pacotes imensos de papel higiênico, o que ficou interessante quando a “encomenda” chegou na esteira do aeroporto. Ou ainda, pagamos R$ 8 por um picolé de frutas da Kibon na praia do Sancho...

Mas posso dizer que Noronha é daqueles investimentos que compensam, principalmente se você gosta de praias, natureza e simplicidade. Seja para surfar, mergulhar ou caminhar, a ilha possui diversas opções de turismo. Internet e celular lá são artigos de luxo, portanto você vai poder se desligar e relaxar por alguns dias. E até hoje, nunca vi ninguém que foi a Noronha sem querer ir de novo!