domingo, 27 de novembro de 2011

Bariloche além do esqui

Todos os roteiros de Bariloche incluem uma semana de aulas de esqui, aluguel de roupas e equipamentos para quem curte – e quem quer se iniciar – neste esporte de inverno. Porém, para uma pessoa como eu, que não gosta de passar frio e nem de levar tombos, ao invés de conhecer este famoso destino, preferi optar por um roteiro bem diferente para conhecer a cidade e troquei o esqui por bicicleta, barco, cavalo, quadriciclo e moto de neve.

Como viajei sozinha, preferi ficar no Bariloche Hostel (www.barilochehostel.com.ar), onde conheci adoráveis argentinos e israelenses que se tornaram meus melhores amigos por uma semana. Com eles compartilhei alguns passeios, o café da manhã e a balada nossa de cada dia, o Wilkenny pub.

No primeiro dia, conheci o centrinho, repleto de lojas caras e com algumas particularidades como o Centro Cívico e a Catedral. No período da tarde, fiz um passeio de van com vários outros brasileiros, guiados por um engraçadíssimo guia. Depois, subi de teleférico (uma cadeirinha em quem você fica com as pernas penduradas) ate o Cerro Campanario, de onde se tem uma vista maravilhosa da região e do lago Nahuel Huapi. Mais tarde, fui também ao Cerro Otto, bem mais alto e ainda com neve em pleno mês de setembro, A montanha é acessível por um teleférico fechado que dá bastante medo, e lá no alto há um interessante restaurante giratório.

No segundo dia, fiz um passeio de bicicleta pelo Circuito Chico, uma rota de 30 km de subidas e descidas que você percorre em 6h e chega sem fôlego (e sem pernas) no final. Mas o passeio é lindo, com direito a vistas panorâmicas, lagos que refletem as montanhas como espelhos e fotos em companhia de um São Bernardo. Fazer este passeio de bicicleta faz toda a diferença!

Outro passeio que fiz foi ir de barco até a Isla Victoria e o Bosque dos Arrayanes (www.turistur.com.ar). Neste caso não recomendo ir sozinho, pois o passeio é freqüentado principalmente por casais, idosos e crianças, sem qualquer tipo de interação. A Isla Victoria não tem absolutamente nada, mas os Arrayanes são uma interessante vegetação, que os argentinos dizem ser a inspiração do Walt Disney para o filme do Bambi.

Visitei também o Cerro Catedral, o maior e mais importante centro de esqui de Bariloche. Há dezenas de opções de subida, porem escolhi ir até o Lynch, que me indicaram como a vista mais espetacular da montanha. Lá de cima, milhares de esquiadores equipados parecem formiguinhas deslizando sobre a neve branca, e mesmo sem estar esquiando, precisei alugar uma roupa específica para a neve, pois o frio é congelante.

Além de subir em mais alguns teleféricos, fiz também o passeio de moto de neve pelo Cerro Catedral (www.lacuevacatedral.com). Para chegar até a neve, primeiro você vai de quadriciclo pela base da montanha e depois troca para este outro veículo que nada mais é do que uma moto com um par de esquis no lugar das duas rodas. Adorei a sensação de dirigi-la, mas também de andar bem mais rápido na garupa do guia.

Um dos passeios mais interessantes de Bariloche é conhecer o Cerro Tronador, uma montanha que leva esse nome pois os movimentos da neve fazem um barulho igual ao de um trovão em dia de tempestade. É impressionante, e mesmo assim difícil de compreender que não se trata realmente de um trovão. O lugar onde paramos para escutar esta maravilha da natureza era de uma paz indescritível e se tornou meu novo santuário. O passeio inclui também uma caminhada por cachoeiras, caminhos de neve e termina no Glaciar Negro, uma mistura de neve com minerais que formam blocos de gelo negros, que mais parecem pedras em meio ao branco predominante.

Por fim, meu ultimo dia em Bariloche incluiu um delicioso passeio a cavalo pela região, em meio a lagos e bosques sem neve. No final, um maravilhoso almoço regado a vinho completou o clima mágico do passeio, com companhia agradável e direito a novos amigos.

Falando em comida, algumas dicas que tenho de restaurantes são o El Boliche de Alberto (www.elbolichedealberto.com), Tarquino (www.restaurantetarquino.com.ar) e Don Molina, todos com ótimas opções de carnes, entre outras culinárias típicas.

Depois de tudo isso, era hora de ir embora. Consegui conhecer muita coisa em Bariloche, mas não me incomodaria em visitar este paraíso novamente para repetir os melhores momentos. Para conhecer mais sobre Bariloche, visite o site www.vamosparabariloche.com.br.

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