terça-feira, 21 de junho de 2016

Vancouver & Victoria

A primeira coisa que me falaram de Vancouver quando eu disse que iria pra lá é que essa é a cidade mais oriental do Canadá. Talvez pela proximidade do oriente através do Pacífico, ou pela política de receptividade com estrangeiros que o país possui, Vancouver é uma cidade multicultural e cheia de jovens estrangeiros que a visitam para estudar inglês, trabalhar ou passear e acabam decidindo tornar aquele lugar o seu lugar no mundo.

A cidade se transformou após as Olimpíadas de Inverno de 2010, a partir de quando a maioria dos prédios do centro da cidade foram construídos e o mercado imobiliário inflacionou. Vancouver possui casas maravilhosas, vendidas por milhões de dólares a chineses e indianos que ajudaram a inflar esse mercado juntamente com o processo de imigração. E por onde quer que você ande verá andaimes que se tornarão novos edifícios no futuro.

Ainda assim, muitos buscam Vancouver pela sua excelente qualidade de vida e – pasmem – pelo seu “ótimo clima”, incompreensível para uma brasileira que pegou temperaturas de 10 a 15 graus lá em pleno verão. Enquanto o lado leste do Canadá possui uma variação de temperatura de -40⁰C no inverno a +40⁰C no verão, Vancouver mantém uma variação menor, porém com muita chuva durante todo o ano. 

Lontra no Aquário de Vancouver
Mas há muita coisa para conhecer em Vancouver e arredores, e a maioria das atividades incluem natureza como principal atrativo. O principal ponto turístico da cidade é o Stanley Park, uma área verde enorme em pleno downtown que além inclui em sua área praias, lagos e o Vancouver Aquarium (vanaqua.org). Dá para passar um dia inteiro no parque fazendo todas as atividades disponíveis e vendo os shows diários do aquário (as belugas e as lontras foram minhas preferidas!). A entrada do aquário custa $36.

Totem Poles em Stanley Park
 Aluguei uma bicicleta na esquina da Georgia St. com a Denman St. (spokesbicyclerentals.com) e percorri os 9km que rodeiam o parque pela chamada seawall. Me surpreendi com os Totem Poles, uma coleção de esculturas coloridas que representam a cultura indígena da região e contam suas histórias e mitos. O aluguel saiu $30 por 6 horas.



Outro parque delicioso em Vancouver é o Queen Elizabeth Park, que possui lindos jardins e uma vista espetacular da cidade. Já no gênero mais radical, o Lynn Canyon Suspension Bridge e a Capilano Suspension Bridge (capbridge.com) são parques que integram a natureza com pontes suspensas. Há quem prefira um ou outro, mas eu adorei ter visitado os dois. O Lynn Canyon é grátis, menos turístico e possui uma trilha que leva a uma cachoeira de água cor de esmeralda. Já a Capilano Bridge possui um comprimento de 140m e está a 70m sobre o Rio Capilano. Do lado de lá, você pode passear pelas trilhas e o Treetop Adventure, uma espécie de arvorismo em meio à vegetação local. Do lado de cá, você também pode andar pelo Cliff Walk, uma ponte de vidro sobre o penhasco. Imperdível, até para mim que morro de medo de altura! Mas para entrar você deverá desembolsar outros $39,95. 

Capilano Suspension Bridge

Gas Town Steam Clock
Passando para o lado mais urbano de Vancouver, vale a pena caminhar por downtown e também pela Gastown, o centro antigo da cidade, que possui diversas lojinhas de souvenir e também um fofíssimo relógio a vapor que funciona a cada 15 minutos. 

Outro ponto turístico é o Canada Place, uma praça e centro de convenções à beira mar, onde você pode assistir aos sea planes decolando e pousando na água ou ainda ao Fly Over Canada (flyovercanada.com), um espetáculo de 8 minutos em um cinema 3D e que custa $21,95, onde você se sente literalmente voando sobre todas as regiões do país. Adorei!
Veja outros parques e passeios em Vancouver no site: vancouver.ca/parks-recreation-culture.aspx

E aproveitando o tour pelas diferentes regiões canadenses, British Columbia é uma área com diversos passeios que podem ser feitos em um ou mais dias saindo de Vancouver. No site da BC Ferries (bcferries.com) você encontra vários roteiros, e os mais conhecidos são Whistler e Victoria.
Eu escolhi ir e voltar no mesmo dia para Victoria, que fica na Vancouver Island. Para ir até lá de ferry você deve conciliar bem os horários, pois ele sai da estação de Tsawwassen (a uma hora de metrô de downtown Vancouver) e chega em Swartz Bay (também a aproximadamente uma hora de ônibus de downtown Victoria). Outra opção bem mais cara é ir de avião, desta forma você já poderá ter a experiência de pousar na água em um sea plane. Ou ainda há também vários day tours de Vancouver a Victoria por diversas agências. Mas claro, como sempre eu preferi ir sozinha pela opção mais barata e mais desafiadora.

Só o passeio de barco já é uma aventura. O barco é lindo, comporta vários andares de carros, é extremamente organizado para entrar e sair e com uma tecnologia de ponta. Para os pedestres, há um portão de embarque como o de um aeroporto, com entrada através de finger. Lá dentro, os diversos cafés, restaurantes e áreas de lazer fazem com que você se sinta em um transatlântico durante a viagem.

O Parlamento de Victoria


Em Victoria, passeei pelo centro da cidade, pelo porto e por China Town. Conheci o Parlamento, entrei em diversas lojinhas de souvenir e comi um hot dog na praça. E depois disso, fui ao lugar mais lindo da cidade, o Butchart Gardens (butchartgardens.com). Você precisará de pelo menos umas duas horas para percorrer o parque todo e tirar milhares de fotos dos inúmeros tipos de flores desse lugar. Simplesmente maravilhoso, vale a pena o valor da entrada de $33,71.

O lindo Butchart Gardens
Foi um dia e tanto!

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